A verdadeira verdade - desculpem -me pela redundância - sobre essa enchente é uma só! Desde a pandemia de COVID-19 que assolou o mundo deixando uma sequela irreversível na vida de todos nós, os discursos são os mesmos: "o tal novo normal". É novo normal a uma vida que inspira cuidados e investimentos em saúde, educação e meio ambiente.
Primeiramente, seria necessário pensar sobre a atuação política no Brasil. Se revisitarmos os períodos históricos brasileiro, veremos muita indiferença ao povo mais sofrido da nossa terra. Ora, se o estado vive de impostos, e não são poucos, por que não dizer diariamente em rede nacional o valor de cada aplicação em saúde, educação e meio ambiente. Friso isso, pois os três devem andar de mãos dadas, o tempo todo. Aliás, não é o que vemos hoje.
Não estou falando de partidos e tampouco de polarização. Estou falando de olhar para o "lindo texto da constituição" e refletir sobre os problemas, diariamente. Diz a letra da canção do Legião Urbana, Que País é Esse: "... ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação ". Sim, acreditamos no futuro de olhos fechados. Não sabemos cobrar pois não fomos estimulados a isso. É triste para não dizer caótico. Enquanto grandes emissoras de mídia aberta ao público continuarem dizendo: o "brasileiro é guerreiro" (...e somente isso!), não teremos um povo que sabe pensar e consegue cobrar os seus direitos. Paralelo a isso, um povo alienado a ideologias retrógradas tais como volta à ditadura ou a implantação do comunismo, é um povo doente pelo vírus da manipulação das massas. Vale lembrar que o aspirante à política de hoje vá se preparando para incluir no seu programa a política ambiental.
Em última análise, o que fazer então: cobrar um ensinou público de qualidade. Cobrar uma política de proteção ambiental (aprender isso com os indígenas). Reivindicar por um estudo forte de filosofia e história nas escolas brasileiras. Não estou falando aqui de uso das tecnologias, pois esse deve ser inerente ao sistema, o que não é na sua completude. Encerro com um trecho do romance de Érico Veríssimo, Olhai os Lírios do Campo: "a vida começa todos os dias". Então, lembremos o 5° ano, comecemos urgentemente, pois começar é um verbo, cujo sinônimo é iniciar.
Cristiano Fonsa
Professor Estadual no RS.